RÉU DE AMOR
Sou réu de amor!
Confesso o meu pecado
Porém não me arrependo desse crime,
Que amar alguém e ser também amado
É o crime mais gostoso e mais sublime!
A confissão por certo não redime
A quem quer continuar a ser culpado,
E se eu for, por acaso, condenado,
Não há razão para que desanime.
Pelo contrário.
Altivo, embora fique
Meu coração partido em mil pedaços,
Eu quero que a justiça se pratique...
Sou réu de amor, e julgo-me indefeso!
Pela justiça, entrego-me a teus braços:
Eternamente quero ficar preso...
[ J. G. de Araújo Jorge ]
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