"Oculto em minha alma há tempos trancado
Um grande sentimento por ti foi libertado
Coincidência ou não nesse exato momento
A folha brinca no vento
você no meu pensamento
Seu corpo ardente misturado ao meu
Seguimos incansáveis rumo ao apogeu
Nesse momento tudo é perfeito
Não existe nada que nos cause medo
Tudo em você se encaixa perfeitamente em mim
Sua boca sua pele seu jeito tudo enfim
Me perdoa sem licença invadir seu camarim
Você é a minha estrela
és minha cena
és tudo enfim
Por dentro e por fora você é muito brilhante
Inspirado em você foi criado o diamante
Seus carinhos me alucinam em você até me perco
Me acho em sua boca e o amor se faz perfeito
Eu pareço um poeta, poeta não sou
Sou um homem embriagado por seus goles de amor
Eu me fiz uma abelha e fui buscar numa linda flor
As mais belas palavras desses versos de amor
Tudo que quero é te amar te amar com perfeição
Te amar é meu destino, a minha missão
Estando com você eu me sinto bem
Pra você eu não dou 10 eu dou nota 1000".
autor desconhecido.
O medo do Amor
ResponderExcluirMedo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros